0
[postlink] http://vozesdocampo.blogspot.com/2011/10/joao-mineiro-e-marciano-cancao-do-nosso.html[/postlink] http://www.youtube.com/watch?v=15b2O5D_Sxgendofvid
[starttext]
João Mineiro, nome artístico de João Sant'Angelo, nasceu em Minas Gerais, no dia 23 de Agosto de 1935 e José Marciano, ou simplesmente Marciano, nascido no ano de 1951, foi uma dupla de grande sucesso durante a década de 1980. Tudo começou após João Mineiro desfazer uma parceria humorística que já durava 8 anos em 1970, tendo a sorte de encontrar José Marciano, que planejava formar uma dupla sertaneja voltada para a música romântica. O primeiro álbum, da então dupla recém-formada, foi lançado em 1973 pela gravadora Chororó Discos, e obteve sucesso com as músicas: “Filha de Jesus” e “Chovisco da Madrugada”, em parceria com o poeta Goiá. Devido ao sucesso, e também ao fato de que a música sertaneja ser muito tocada no Brasil, João Mineiro e Marciano chegaram a apresentar um programa musical no SBT nos anos 80, nas manhãs de domingo, que levava o nome da dupla. Apesar da carreira bem sucedida até aquele momento, e fazendo turnê nos Estados Unidos em 1990, gravando disco em espanhol em 1991, e lançando o disco “Dois Apaixonados”, a dupla se desfez em 1993, fazendo desse disco o último da carreira dos dois.
Após a separacão em 1993 João Mineiro formou a dupla João Mineiro e Mariano e mantem essa mesma até os dias de hoje realizando shows por todo o Brasil. Marciano iniciou carreira solo até os dias de hoje.

Conteúdo YouTube: MegaCapiau


CANÇÃO DO NOSSO ADEUS
Composição: Darci Rossi/Marciano
(Álbum "Esta Noite Como Lembrança" - 1981)

Há muito tempo distante
Não aprendi lhe esquecer
Acreditei que pudesse
Viver feliz sem você

Na hora da despedida
Por coincidência ouvi
Tocando ao longe na praça
Triste canção assim:

Adeus amor eu vou partir
Naquele instante aconteceu
Beixei você ao despedir
Também deixou e me disse adeus
O nosso sonho morreu ali
E o nosso amor jamais morreu

Hoje afinal encontramos
Estamos muito mudados
Mas ao me ver ficou triste
Fiquei tão desesperado

Agora é tarde querida
Nada mais pode existir
Resta lembrar em silêncio
Quando a canção ouvir:
[endtext]

João Mineiro e Marciano - Canção do nosso adeus

1
[postlink] http://vozesdocampo.blogspot.com/2011/10/cacula-e-marinheiro-meu-diario.html[/postlink] http://www.youtube.com/watch?v=9qPGO-paPkkendofvid
[starttext]
Orlando Bianchi, o Caçula, nasceu em São José do Rio Preto-SP no ano de 1934.
Benedito Brás dos Reis, o Marinheiro, nasceu em Piracanjuba-GO no ano de 1929. Pouco tempo depois de terem se conhecido, Orlando e Benedito formaram a dupla "Caçula e Marinheiro", a qual passou a se apresentar no inesquecível programa "Alvorada Cabocla", nos 1100 kHz da Rádio Nacional de São Paulo-SP (hoje Rádio Globo), sob o comando do Radialista Nhô Zé.

Caçula faleceu em 1989
Marinheiro em 1984

Para saber mais: http://caculaemarinheiro.blogspot.com

Conteúdo YouTube: Polaco210396


MEU DIÁRIO
Composição:Luiz de Castro/Benedito Seviero
(LP "O Amor Mais Puro" - 1969)

Relendo as páginas do livro dos meus sonhos
Do meu diário que de pranto foi manchado
Encontro apenas alguns trechos mais risonhos
Que o destino sepultou no meu passado

Encontro páginas com lágrimas escritas
São episódios que jamais eu esqueci
Em minha alma a saudade ainda grita
Relendo o nome de um amor que eu perdi

Abrindo as páginas do livro do passado
Releio as cartas de amor que ela escreveu
A noite passa, eu sonho acordado
Sem perceber que o novo dia amanheceu

Vai terminando a madrugada fria e calma
Meu pensamento volta à realidade
Ouvindo apenas o gemido de minh'alma
Chamar seu nome num murmúrio de saudade


Abrindo as páginas do livro do passado
Releio as cartas de amor que ela escreveu
A noite passa, eu sonho acordado
Sem perceber que o novo dia amanheceu

Vai terminando a madrugada fria e calma
Meu pensamento volta à realidade
Ouvindo apenas o gemido de minh'alma
Chamar seu nome num murmúrio de saudade
[endtext]

Caçula e Marinheiro - Meu Diário

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[postlink] http://vozesdocampo.blogspot.com/2011/10/pedro-bento-e-ze-da-estrada-heroi-sem.html[/postlink] http://www.youtube.com/watch?v=MkV_zwkd3uIendofvid
[starttext]
Toda discussão sobre a influência da música regional mexicana sobre o sertanejo aqui no Brasil, tem de incluir, por pelo menos única menção, a Pedro Bento e Zé da Estrada, que por sinal, cantam e gravam juntos até hoje, e a RCA foi sua casa desde 1966. Waldomiro de Oliveira, nascido em 1929, é mais um ilustre filho da cidade paulista de Botucatu. e sem dúvida é bem mais conhecido como Zé da Estrada. Seu companheiro, JoeI Antunes Leite, nascido em 1934, honra sua cidade natal, Porto Feliz, São Paulo, e desde bem cedo começou a carreira como menino-prodígio, cantando em festas do Divino nas regiões de Tietê, Piracicaba e outras. Vindo para São Paulo aos 14 anos, profissionalizou-se imediatamente, cantando em várias emissoras. Numa destas suas viagens pelo Brasil, em 1958 conheceu Waldomiro, administrador de fazendas, também ex-cantor mirim e já residente em São Paulo, e formaram a dupla Pedro Bento e Zé da Estrada. Ainda em 1958 emplacaram seu primeiro h i t, Seresteiro da Lua. A princípio, eles cantavam música caipira de raiz. Mas em meados dos anos 60 preferiram levar adiante as já então muito comuns influências da música mexicana, enfatizando ainda mais os chapelões, trompetes e cu-curu-cu-cus. A mistura deu certo, e só poderia (afinal, a dupla estava essencialmente promovendo a união de dois irmãos sertanejos, o mexicano e o brasileiro). E assim, o sucesso de Pedro Bento e Zé da Estrada perdura até hoje, sendo uma dupla pioneira e de grande sucesso no mundo sertanejo.

Para saber mais: http://www.pedrobentoezedaestrada.com.br

Conteúdo YouTube: adaircarvalho


HERÓI SEM MEDALHA
Composição: Sulino
(Álbum "SomDa Terra" - 1995)

Sô filho do interior do grande estado minero
Fui um herói sem medaia na profissão de carrero
Puxando tora do mato com doze bois pantanero
Eu ajudei desbravá nosso sertão brasilero
Sem vaidade eu confesso
Do nosso imenso progresso
Eu fui um dos pionero

Veja bem como o destino muda a vida de um home
Uma doença marvada minha boiada consome
Só ficô um boi mestiço que chamava Lobisome
Por ser preto igual carvão foi que eu lhe pus esse nome
Em poco tempo depois
Eu vendi aquele boi
Pros filhos não passá fome

Aborrecido com a sorte dali resorvi muda
E numa cidade grande com a família foi morá
Por eu ser anarfabeto tive de me sujeitá
Trabaiá num matadô para o pão podê ganhá
Como eu era um home forte
Nuqueava o gado de corte
Pros companhero sangrá

Veja bem a nossa vida como muda de repente,
Eu que às veiz inté chorava quando um boi ficava doente,
Ali eu era obrigado matá a reis inocente
Mas certo dia o destino me transformô novamente
Um boi da cor de carvão
Pra morrê na minha mão
Estava na minha frente

Quando eu vi meu boi carrero não contive a emoção,
Meus óio se enchero d'água e o pranto caiu no chão
O boi me reconheceu e lambeu a minha mão
Sem podê sarvá a vida do boi de estimação
Pedi as conta e foi embora
Desisti na mesma hora
Dessa ingrata profissão
[endtext]

Pedro Bento e Zé da Estrada - Herói sem Medalha

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[postlink] http://vozesdocampo.blogspot.com/2011/10/trio-parada-dura-avenida-central.html[/postlink] http://www.youtube.com/watch?v=SXXFSdhE9wEendofvid
[starttext]
Desde 1973, O Trio Parada Dura faz parte da cena sertaneja brasileira. Recebeu ao longo da carreira dez discos de ouro e três de platina. O Trio construiu sua personalidade sobre uma base que conta com letras irreverentes, músicas de enorme apelo popular e um nível de produção surpreendente. Formado desde 1975 por Creone, Barrerito e Mangabinha - único remanescente da formação original do grupo - o Trio Parada Dura continua compondo novas músicas e acendendo as platéias do Brasil. Seu novo trabalho intitula-se Pra furar o couro. O Trio Parada Dura, teve três formações: Delmir, Delmon e Mangabinha na primeira formação em (1973). Mangabinha ficou com os direitos do nome "Trio Parada Dura" ao ser desfeita a formação. Conheceu Creone e Barrerito (que já cantavam juntos) e os convidou pra formar a segunda geração do Trio, isso em 1975, e com essa formação ficaram conhecidos nacionalmente.

Conteúdo YouTube: Polaco210396


AVENIDA CENTRAL
Composição: Marciano/Darcí Rossi/Barrerito
(Álbum "Luz Da Minha Vida" - 1983)

alguém batizou a casa de Avenida Central
porque fica na avenida principal da cidade
Ali como todo mundo, nós dois divertimos
bebemos, dançamos, nós dois nos unimos
passamos momentos de felicidade

Como tudo acaba, tudo acabou e adeus pra nós dois
só me resta passar pela casa e depois
chorar de saudade do que já não existe
Como tudo acaba, tudo acabou nós mudamos a vida
você transformou-se em mulher perdida
E eu sou apenas um homem triste

alguém se diverte ainda na Avenida Central
porém já não interessa para dois separados
existe a orquestra tocando boleros de amor
as valsas mais lindas que você dançou
feliz em meus braços, o seu namorado

Como tudo acaba, tudo acabou e adeus pra nós dois
só me resta passar pela casa e depois
chorar de saudade do que já não existe
Como tudo acaba, tudo acabou nós mudamos a vida
você transformou-se em mulher perdida
E eu sou apenas um homem triste
[endtext]

Trio Parada Dura - Avenida Central

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[postlink] http://vozesdocampo.blogspot.com/2011/10/zico-e-zeca-caboclinha-sertaneja.html[/postlink] http://www.youtube.com/watch?v=M-QCAfUhPMUendofvid
[starttext]
Antônio Bernardo da Costa (Zico) nasceu em 04 de janeiro de 1931, e Domingos Paulino da Costa (Zéca) nasceu em 12 de setembro de 1932, ambos em Itajobi, interior do estado de São Paulo.
Filhos de Gabriel Paulino da Costa e Maria Rosa. Ao todo o casal teve 13 filhos, mas se criaram 9. São irmãos de outra grande dupla: "LIU E LÉU" e primos de primeiro grau de "VIEIRA E VIEIRINHA", pois o pai, o sr. Gabriel, era irmão de dona Gabriela (mãe de Vieira e Vieirinha). Família de tradicionais violeiros e cantadores. Zico e Zéca tiveram fortes influências dentro da própria família. O pai tocava viola e cantava. A mãe também cantava e tinha bons violeiros em sua família. Dona Maria Rosa tinha um tio chamado Ignácio que também cantava, e que segundo sr. Gabriel, não exitia outro igual. Messias Garcia, que fez parte da famosa "Turma Caipira Cornélio Pires" nos anos de 1929 e 1930, era primo de segundo grau de dona Maria Rosa. Zico e Zéca e os demais irmãos foram criados em sua terra natal, Itajobi, trabalhando nas lavouras de café, e nas horas vagas se apresentavam nas festas das fazendas da redondeza, onde cantavam e dançavam catíra.
Começaram a cantar em rádio em 1948, na Rádio Novo Horizonte (prefixo ZYS-9), de Novo Horizonte/SP, no programa do Nhô Tomé, com o nome de "IRMÃOS CUNHA" (que era um apelido de família, onde o pai do sr. Gabriel era conhecido como Cunha, e isso continuou na família, e ali todos eram conhecidos como Cunha).
Foram bem aceitos pelos ouvintes, e começaram a se apresentar todos os finais de semana (sábados e domingos) em um programa de 30 minutos, patrocinado pelas Casas Pernambucanas, e Casa Texedal. Na época, eles ainda não tinham repertório próprio, e cantavam músicas das duplas da época, tais como: Tonico e Tinoco, Zé Carreiro e Carreirinho, Serrinha e Caboclinho, Raul Tôrres e Florêncio, Palmeira e Luizinho, entre outras. Ali permaneceram até 1951.
No final de 1952, Zéca foi para São Paulo, onde seus primos Vieira e Vieirinha já estavam atuando nas emissoras da capital. Ali começou a cantar com Teddy Vieira, Zé Carreiro e Sulino, até que Zico também foi para a capital, e em 1º de janeiro de 1953, estrearam na Rádio Bandeirantes, no programa mais famoso da época, chamado "NA SERRA DA MANTIQUEIRA".

Para saber mais: www.recantocaipira.com.br

Conteúdo YouTube: Polaco210396


CABOCLINHA SERTANEJA
Composição: Nhô Chico/V. Pereira/Getúlio Toledo
(Álbum "Menina Graciosa" - 1977)

La no bairro onde eu moro
na hora que o sol levanta
A natureza estremesse
quando os passarinhos cantam

O caboclo vai pra roça
pra cuidar da sua planta
Eu fico `a beira da estrada
pra ver minha namorada
Caboclinha delicada
que tem a feição de santa

Caboclinha sertaneja
sua beleza me encanta
Eu sei que vossos parentes
andam roncando garganta

Mas seu amor sendo firme
valentia nao adianta
Eu nao faço desaforo
mais correr tambem nao corro
Sendo preciso eu morro
com prosa ninguem me espanta

Se voce quer ir comigo
nois parte depois da janta
Nóis sobe e desce serra
não tenha medo da rampa

Eu tenho meu burro baio
comprei na terra dos pampa
O clarão da lua cheia
a estrada pra nois clareia
De noite nois viageia
e de dia nois acampa

Ja comprei quarenta alqueires
de terra especial de planta
Mandei fazer um ranchinho
na beira do rio da anta

Com muito amor e carinho
e com fé na virgem santa
Bem longe dos seus parentes
nóis vamos viver contentes
Na hora que o sol ta quente
nóis afina a viola e canta
[endtext]

Zico e Zeca - Caboclinha sertaneja

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[postlink] http://vozesdocampo.blogspot.com/2011/10/pedro-bento-e-ze-da-estrada-tropas-e.html[/postlink] http://www.youtube.com/watch?v=_tbezJQJ8EIendofvid
[starttext]
Toda discussão sobre a influência da música regional mexicana sobre o sertanejo aqui no Brasil, tem de incluir, por pelo menos única menção, a Pedro Bento e Zé da Estrada, que por sinal, cantam e gravam juntos até hoje, e a RCA foi sua casa desde 1966. Waldomiro de Oliveira, nascido em 1929, é mais um ilustre filho da cidade paulista de Botucatu. e sem dúvida é bem mais conhecido como Zé da Estrada. Seu companheiro, JoeI Antunes Leite, nascido em 1934, honra sua cidade natal, Porto Feliz, São Paulo, e desde bem cedo começou a carreira como menino-prodígio, cantando em festas do Divino nas regiões de Tietê, Piracicaba e outras. Vindo para São Paulo aos 14 anos, profissionalizou-se imediatamente, cantando em várias emissoras. Numa destas suas viagens pelo Brasil, em 1958 conheceu Waldomiro, administrador de fazendas, também ex-cantor mirim e já residente em São Paulo, e formaram a dupla Pedro Bento e Zé da Estrada. Ainda em 1958 emplacaram seu primeiro h i t, Seresteiro da Lua. A princípio, eles cantavam música caipira de raiz. Mas em meados dos anos 60 preferiram levar adiante as já então muito comuns influências da música mexicana, enfatizando ainda mais os chapelões, trompetes e cu-curu-cu-cus. A mistura deu certo, e só poderia (afinal, a dupla estava essencialmente promovendo a união de dois irmãos sertanejos, o mexicano e o brasileiro). E assim, o sucesso de Pedro Bento e Zé da Estrada perdura até hoje, sendo uma dupla pioneira e de grande sucesso no mundo sertanejo.

Para saber mais: www.pedrobentoezedaestrada.com.br

Conteúdo YouTube: ChicoNetoCantador


TROPAS E BOIADAS
Composição: Tony Damito/Carlos Cézar
(Álbum "Grandes Sucessos Sertanejos" - 2007)

Eu conheci no porto dos peões,
Um bom vaqueiro, velho e traquejado
Com ele eu aprendi muitas lições
Daquele tempo em que reinava o gado
Eu não sabia o que era um berrante,
Desconhecia uma vaquejada
Por que eu era um principiante,
Neste negócio de tocar boiada.

{Estribilho}
Vai, vai, vai,
Vai saudade antiga, vai buscar,
Quero rever
Tropas e boiadas a passar!

Ele contou-me das suas andanças
E das festanças na sua chegada
Moças bonitas vinham à janela,
Pra ver passar a sua peonada
Falou também do caso da pintada,
Atocaiada dentro do grotão
Quando se deu o estouro da boiada,
Onde perdeu o seu amigo e irmão.

Vai, vai, vai,
Vai saudade antiga, vai buscar,
Quero rever
Tropas e boiadas a passar!

Caro menino, eu posso ser seu pai,
Você começa sua vida agora
Mas amanhã, quando voce crescer,
Irá lembrar também da minha história
História essa que está escrita
Em uma página empoeirada
Você agora é parte do meu livro,
Que se intitula, "Tropas e Boiadas".

Vai, vai, vai,
Vai saudade antiga, vai buscar,
Quero rever
Tropas e boiadas a passar!
[endtext]

Pedro Bento e Zé da Estrada - Tropas e Boiadas

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[postlink] http://vozesdocampo.blogspot.com/2011/10/milionario-e-jose-rico-boneca-cobicada.html[/postlink] http://www.youtube.com/watch?v=6wEbj8n6qbsendofvid
[starttext]
Romeu Januário de Matos, o Milionário, nasceu em Monte Santo de Minas, Minas Gerais, no dia 4 de janeiro de 1940, Trabalhou como pedreiro, garçom e pintor de parede, e encontrou inspiração musical em sua mãe, observando-a cantar. Aprendeu música "de ouvido", sem ter estudado em conservatório musical.
José Alves dos Santos, o José Rico, nasceu em São José do Belmonte, Pernambuco, no dia 29 de junho de 1946. Por ter sido criado na cidade de Terra Rica, no estado do Paraná desde os dois anos de idade, acabou adotando, e registrando em Cartório, o nome José Rico Alves dos Santos, em alusão à cidade onde viveu sua infância.
Milionário & José Rico formam uma das mais famosas duplas do país, conhecidos nacionalmente com a alcunha As gargantas de ouro do Brasil. A dupla já vendeu cerca de 32 milhões de exemplares de seus 29 discos gravados desde o ano de 1973. Além disso gravaram dois DVDs e dois filmes, Na Estrada da Vida, de 1980, e "Sonhei com você", de 1988.

Para saber mais: www.milionarioejoserico.com.br

Conteúdo YouTube: mistergeniodagarrafa



BONECA COBIÇADA
Composição: Biá/Bolinha
(Álbum "Volume 23" - 1999)

Quando eu te conheci
Do amor desiludida
Fiz tudo e consegui
Dar vida a tua vida
Dois meses de aventura
O nosso amor viveu
Dois meses com ternura
Beijei os lábios teus.

Porém eu já sabia
Que perto estava o fim
Pois tu não conseguias
Viver só para mim
Eu poderei morrer
Mas os meus versos não
Minha voz hás de ouvir
Ferindo o coração.

Boneca cobiçada
Das noites de sereno
Teu corpo não tem dono
Teus lábios tem veneno
Se queres que eu sofra
É grande o teu engano
Pois olha nos meus olhos
Vê que não estou chorando.
[endtext]

Milionário e José Rico - Boneca Cobiçada

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[postlink] http://vozesdocampo.blogspot.com/2011/10/irmas-barbosa-te-amarei-por-toda-vida.html[/postlink] http://www.youtube.com/watch?v=bQRU8NQ7Pdoendofvid
[starttext]
Desde cedo, o talento das filhas teve o reconhecimento de seu Osvaldo, clarinetista e sanfoneiro, que deu a orientação vocal: Edna faria a segunda voz e Dinah, a primeira.O acerto do passo inicial consolidou a trilha do sucesso.Nascidas em São Paulo, Edna e Dinah levantaram a seguir vários premios em festivais de música sertaneja. Um deles, decisivo na carreira, foi o Festival Arizona, da Rádio Globo. Em 1979, Edna e Dinah obtiveram um segundo lugar na semi-final.No ano seguinte, primeiro lugar. Ai aconteceu a RCA e o primeiro disco da dupla, sem dúvida uma das mais afinadas da musica sertaneja no Brasil. Para Edna e Dinah, a música "Sanfona Xonada" (José Felipe e Paulo Gaúcho),destaque no primeiro disco, abriu as portas da gravadora Continental (Warner). E vieram novos sucessos, como "Pra que" (José Fortuna e Paraiso), "Menina Moça (Fátima Leão) e "Grita Coração"(Antônio Carlos e Jocafi). Vieram novos discos também. O quinto pela RGE, inclue uma belíssima regravação de "Querer e perder" (Ray Girado-versão de Roberto). Além da afinação notável, Edna e Dinah se destacam também pela versatilidade. Pela gravadoras Velas, elas lançaram dois trabalhos e no segundo cd elas cantam de Tião Carreiro a Chico Buarque. Passam pelos pampas gaúchos com Berenice Azambuja e revisitam Jessé e Raul Seixas.

Fonte:http://irmasbarbosa.blogspot.com

Conteúdo YouTube: Polaco210396


TE AMAREI TODA VIDA
Composição: Miltinho Rodrigues
(Álbum "Edna e Dinah – Vol. 06" - 1990)

Mesmo que me deixes para sempre
Mesmo que eu te perca querido
Mesmo que de mim tu te ausente
Te amarei toda a vida

Mesmo que não venha um passarinho
Para anunciar um novo dia
Mesmo que a saudade me torture
Te amarei vida minha

E veras que será
Minha vida sem o teu querer
Por que eu já te dei
Minha vida minha alma e meu ser

Mesmo que não haja esperança
Mesmo que esse amor só me castigue
Juro que eu não quero te esquecer
Te amarei toda a vida

Mesmo que o sol não me ilumine
Mesmo que de trevas fiquem meus dias
Mesmo que tu sejas meu martírio
Te amarei vida minha

E veras que será
Minha vida sem o teu querer
Por que eu já te dei
Minha vida minha alma e meu ser
[endtext]

Irmãs Barbosa - Te Amarei Por Toda Vida

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[postlink] http://vozesdocampo.blogspot.com/2011/10/milionario-e-jose-rico-quem-disse-que.html[/postlink] http://www.youtube.com/watch?v=6JrTp5KvbTsendofvid
[starttext]
Romeu Januário de Matos, o Milionário, nasceu em Monte Santo de Minas, Minas Gerais, no dia 4 de janeiro de 1940, Trabalhou como pedreiro, garçom e pintor de parede, e encontrou inspiração musical em sua mãe, observando-a cantar. Aprendeu música "de ouvido", sem ter estudado em conservatório musical.
José Alves dos Santos, o José Rico, nasceu em São José do Belmonte, Pernambuco, no dia 29 de junho de 1946. Por ter sido criado na cidade de Terra Rica, no estado do Paraná desde os dois anos de idade, acabou adotando, e registrando em Cartório, o nome José Rico Alves dos Santos, em alusão à cidade onde viveu sua infância.
Milionário & José Rico formam uma das mais famosas duplas do país, conhecidos nacionalmente com a alcunha As gargantas de ouro do Brasil. A dupla já vendeu cerca de 32 milhões de exemplares de seus 29 discos gravados desde o ano de 1973. Além disso gravaram dois DVDs e dois filmes, Na Estrada da Vida, de 1980, e "Sonhei com você", de 1988.

Para saber mais: www.milionarioejoserico.com.br

Conteúdo YouTube: maurisantoss


QUEM DISSE QUE ESQUECI
Composição: Belmonte/Dino Franco
(Álbum "Sentimental Demais" - 2000)

Quem disse que esqueci, se tudo por aqui, ainda está igual
Eu fiquei assim vadio e tão manhoso
Feito gato no tapete preguiçoso
Esperando o leite quente, que você tão sorridente acostumou tão mal.

Quem disse que esqueci, se ainda não morri e vivo a esperar por você
Ninguém me faz amor do jeito que eu aceite
Eu fico feito gato esperando leite
Apago a luz e não consigo adormecer.

REFRÃO 2X
Pode apostar que eu não te esqueci
Pode esquecer um outro alguém aqui
Eu já tentei, me abri fechei porque foi tudo em vão
Eu não consigo convencer meu coração.

INTRODUÇÃO

Quem disse que esqueci, se ainda não morri e vivo a esperar por você
Ninguém me faz amor do jeito que eu aceite
Eu fico feito gato esperando leite
Apago a luz e não consigo adormecer.

REFRÃO 2X
Pode apostar que eu não te esqueci
Pode esquecer um outro alguém aqui
Eu já tentei, me abri fechei porque foi tudo em vão
Eu não consigo convencer meu coração.
[endtext]

Milionário e José Rico - Quem disse que esqueci

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[postlink] http://vozesdocampo.blogspot.com/2011/10/irmas-freitas-preciso-chorar.html[/postlink] http://www.youtube.com/watch?v=jUP175VRC5cendofvid
[starttext]
Irmãs Freitas é uma dupla formada pelas irmãs, Ana Lúcia e Luciana em Goiânia. Tanto Ana Lúcia quanto Luciana são nomes artísticos, sendo a primeira Alice de Freitas Machado, nascida em 11 de novembro de 1961 e Ilda de Freitas Machado, nascida no dia 24 de fevereiro de 1958).
Iniciaram a carreira em 1976, cantando em circos e festas em Goiás. Em 1978, gravaram o primeiro disco com destaque para a música "Canoeiro do Araguaia", que lhes rendeu a contratação pela Chantecler. A dupla tem grande importância na história da música sertaneja, são consideradas as musas da música caipira.

Conteúdo YouTube: modello42


PRECISO CHORAR
Composição: andré/ana Lúcia/luciana
(Álbum "A Filha Que Volta" - 1981)

Meu Deus porque sou tão triste
Será o presente que a vida me deu
Choro,preciso chorar
Preciso chorar pra desabafar nesse peito meu
Choro, preciso chorar
Preciso chorar pra desabafar nesse peito meu

Será o destino meu
De levar a vida pensando em alguém
que não me pertenceu
Choro,preciso chorar
Preciso chorar pra desabafar nesse peito meu
Choro,preciso chorar
Preciso chorar pra desabafar nesse peito meu.
[endtext]

Irmãs Freitas - Preciso Chorar

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[postlink] http://vozesdocampo.blogspot.com/2011/10/praiao-e-prainha-duas-coisas.html[/postlink] http://www.youtube.com/watch?v=RnqwWQGKz8Iendofvid
[starttext]
Aguimar Fernandes Baleeiro (Praião) nasceu em Uberlândia/MG em 1937 e faleceu em Uberaba/MG em 1972.
Ademar Fernandes Baleeiro (Prainha) nasceu em Uberlândia/MG em 1941 e faleceu em Goiânia/GO em 1992, por motivos de saúde.
A dupla se espelhou em Silveira e Barrinha, e começou cantando em festas da cidade de Ituiutaba/MG. Em 1957, estrearam na Rádio Platina da mesma cidade. Cantavam também em circos e festas. Em 1959, foram para São Paulo. No mesmo ano, gravaram o primeiro disco, cantando o cateretê "Cabocla Ingrata" e o xote "Mineiro de Ituiutaba", ambas de Praião.

Para saber mais: www.recantocaipira.com.br

Conteúdo YouTube: Polaco210396


DUAS COISAS
Composição: Waldemar Serafim, Praião e Prainha
(LP "Ás Vezes Pode Chorar" - 1971)

Duas coisas nesse mundo
que eu desejava ter
é riqueza e boa sorte
pra poder amar voce
por eu ser pobre sem sorte
nao mereço tua beleza
mas enquanto mundo for mundo
eu te amerei com firmeza

voce é mandou desprezo
entao siga seu caminho
eu quero te ver chorando
reclamando o meu carinho
um dia voce arrepende
das maldades que me faz
ai será muito tarde
porque nao te quero mais

O orgulho tambem mata
sem voce eu sentia dor
por voce hoje ser rica
ta zombando do meu amor
sua beleza acabando
nao vai te restar mais nada
vai ficar triste chorando
pela rua abondonada
[endtext]

Praião e Prainha - Duas Coisas

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[postlink] http://vozesdocampo.blogspot.com/2011/10/canario-e-passarinho-cinzas-do-passado.html[/postlink] http://www.youtube.com/watch?v=Nl55pcEzEOQendofvid
[starttext]
Os irmãos Antonio Bergamo, o Canário, nascido em 1934 e Pedro Bergamo, o Passarinho, nascido em 1936, naturais de Altinópolis, SP, formam uma das duplas mais irreverentes do sertanejo raiz. Trabalhavam na lavoura e cantavam em festas da região. No ano de 1959, participaram de uma roda de violeiros realizado pela Rádio Clube de Orlândia, SP e com o sucesso das apresentações, resolveram arriscar a sorte na capital paulista. Inicialmente trabalharam como faxineiro em um hotel, mas logo se apresentaram no programa "Alvorada Cabocla" na Rádio Nacional de São Paulo e em 1961 gravaram seu primeiro disco pela Chantecler.

Para saber mais: www.boamusicaricardinho.com

Conteúdo YouTube: Polaco210396


CINZAS DO PASSADO
Composição: Cláudio de Barros
(LP "Coração de Pedra" - 1980)

Trago os olhos rasos d’água
Coração cheio de mágoa
Por não ter aquele amor

Sigo triste o meu caminho
Defendendo-me do espinho
Que já me feriu de dor

Sou sozinho neste mundo
Um boêmio vagabundo
Sabe Deus onde andará

Pelas ruas da cidade
Eu carrego esta saudade
Que alguém deixou ficar

E assim nesta amargura
Não terei a desventura
De amar quem não me amou

Serei cinzas do passado
Num cantinho abandonado
Que o vento não levou
[endtext]

Canário e Passarinho - Cinzas Do Passado

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[starttext]
Hélio Granado, o Mensageiro, nasceu em Cambará, Paraná, no dia 10 de outubro de 1941 e Dimas Souza Sales, o Mexicano, nasceu em Jequié, Bahia, também no dia 10 de outubro de 1941. Dimas ainda criança, mudou-se com a família para o Paraná, onde veio a conhecer o Hélio. A dupla foi criada no ano de 1963 e em 1966 Gravaram o primeiro compacto intitulado "Mensageiro e Mexicano - Os conquistadores do Brasil". Trabalham na Rádio Record, Excelcior e mais tarde na Rádio Nacional de São Paulo no programa do apresentador Edgard de Souza, onde permaneceram por 12 anos.

Mensageiro faleceu no dia 14 de novembro de 2009 vitimado por um câncer

Fonte: www.boamusicaricardinho.com

Conteúdo YouTube: Polaco210396


A DESCONHECIDA
Composição: Zé da Praia/Mexicano
(LP " Cruz de Cristal" - 1977)

Dirigindo sempre em velocidade
Porém numa tarde alguém me alcançou
Notei pelo espelho que estava me olhando
E logo em seguida ela por mim passou
Ela em seu carro foi em minha frente
Brincando com a gente, acenando a mão
Foi mais um dilema que tive na vida
Ao sentir amor pela desconhecida
Que talvez brincava com meu coração.

Dei sinal a ela pra me escrever
O seu endereço e no asfalto atirasse
Carinhosamente fez meu pedido
Sorrindo acenou pra que apanhasse
Eu parei o carro e contente saí
Ela foi embora e o bilhete ficou
Mas desse momento eu nunca esqueço
Quando aproximei do seu endereço
Para as águas do rio o vento levou

Mas ainda resta pequena esperança
Espero que ela não esqueceu
Por que se um dia me ouvir cantando
Ficarás sabendo que aquele sou eu
Peço que me escreva, se estiver em ouvindo
Pois seu endereço a água levou
Se não escrever indeciso estarei
Jamais vou saber com quem namorei
Ela também com quem namorou!
[endtext]

Mensageiro e Mexicano - A Desconhecida

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[starttext]
Silveira, nome astístico de Nivaldo Pedro da Silveira, Nasceu em Uberapa, MG, no dia 20 de maio de 1934 e faceu no dia 02 de fevereiro de 1999.

Barrinha, nome artístico de Abilio Barra, nasceu em Conquista, MG, no dia 28 de dezembro de 1929 e faleceu em Goiatuba, GO, no dia 10 de novembro de 1984.

Nivaldo e Abílio trabalhavam no campo e chegaram a cantar juntos em festivais que eram realizados na região onde nasceram. Nivaldo, porém, continuou estudando em Conquista, enquanto que Abílio se mudou para o estado de Goiás ainda jovem e a dupla acabou não se consolidando nessa época.
Nivaldo chegou inclusive a formar uma dupla com seu primo Claudionor "Nô" Silveira (Professor de viola no estado de Minas Gerais) enquanto que Abílio formou dupla com Mininho.
Foi numa viagem de trem para Uberaba, por ocasião de uma festa de fim de ano, vários anos depois, que Abílio reencontrou Nivaldo, que dedilhava uma viola. Abílio mostrou então ao Nivaldo uma música que ele havia composto durante uma viagem de São Paulo a Goiás.
Os dois começaram a cantar e logo se juntou uma pequena multidão que passou a apreciar o trabalho da nova dupla que nascia naquele momento naquele vagão de trem. Após um longo tempo e muitos ensaios, Silveira e Barrinha viajaram para o Rio de Janeiro, onde se encontraram com o diretor da Continental que, por sua vez, aconselhou-os a voltar para São Paulo. A dupla nessa época também cantava nos comícios de um deputado que estava em campanha eleitoral.
Ainda na capital paulista, Silveira e Barrinha se encontraram casualmente com um diretor da Continental, num elevador na sede da gravadora. Achando engraçado o jeito caipira da dupla, ele pediu para que cantassem ali mesmo, ocasião em que também estava presente a inesquecível cantora Marlene que gostou e aplaudiu a dupla até então desconhecida. E, finalmente, no mês de março de 1955, Silveira e Barrinha lançaram seu primeiro disco 78 RPM pela Continental.

Para saber mais: www.recantocaipira.com.br

Conteúdo YouTube: caminhoneirosp


LINDA CIGANA
Composição: Silveira/Dito Mineiro
(LP "Coração Apaixonado" - 1970)

Eu sou cigano
Eu levo a vida cantando
Minha vida é viajar
Por onde eu passo
Com a cigana na garupa
Vou gritando, upa, upa
E para pra descansar
Armo a barraca
Lá na beira da cascata
Ergo a rede lá na mata
E já começo a balançar

Oh, ciganinha
Vamos viver viajando
Oh, minha linda cigana
Eu sei que tu ama
Esse valente cigano

Na minha viagem
Trago a minha bagagem
Muitas coisas pra vender
Carrego ouro e um papagaio louro
Fala muito e sabe ler
Vendendo tropa
Trocando cavalo bom
Mas só esse coração
Pra ninguém posso vender

Oh, ciganinha
Você sempre lendo sorte
Vamos se arretirando
Nós vamos andando
Até na hora da morte
[endtext]

Silveira e Barrinha - Linda cigana

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[postlink] http://vozesdocampo.blogspot.com/2011/09/leo-canhoto-e-robertinho-criolinha.html[/postlink] http://www.youtube.com/watch?v=Ikm9mnRqIyUendofvid
[starttext]
A dupla sertaneja Léo Canhoto e Robertinho foi criada em 1968 na cidade de Goiânia. O último julgamento é seu grande sucesso. Numa época em que as duplas sertanejas eram muito tradicionais, os músicos já usavam cabelos longos, roupas extravagantes e jóias. Foram eles, também, os pioneiros na utilização de instrumentos eletrônicos, revolucionando a música sertaneja [carece de fontes?]. Trechos de suas músicas foram largamente usados por DJs cariocas em montagens de funk, durante a década de 90.
Eles participaram de vários programas de televisão e se tornaram a primeira dupla caipira a ganhar um disco de ouro pela vendagem de seu primeiro LP. Em 1977 protagonizaram o filme Chumbo Quente, escrito por Léo Canhoto.
Com 28 discos gravados, a dupla está preparando um novo trabalho. Atualmente, Léo Canhoto, paulista, e Robertinho, goiano, residem na cidade de São Paulo, onde mantêm um escritório que cuida da carreira da dupla, fechando contratos para espetáculos em todo o país.

Para saber mais: www.leocanhotoerobertinho.com.br

Conteúdo YouTube: Polaco210396


CRIOLINHA
Composição: Léo Canhoto/Nhô Cido
(LP "Buck Sarampo" - 1971)

Estou gamado por uma linda pretinha
eu já estou esquentando minha moringa
Seu rosto é preto igual uma jabuticaba
O seu cabelo parece mola de binga

Eu gosto dela que já nem sei o que faço
Ela jurou também de ser somente minha
Tem muita gente contra o nosso namoro
Mas eu não vivo longe dessa criolinha


O Irmão da moça é um sujeito muito bravo
è desses caras que mata pra ver o tombo
ela mandou fazer um reio bem cansado
quer estrear o novo reio no meu lombo

nos dois brigamos rolamos pela calçada
a nossa luta quase que durou um mês
apanhei dele no comecinho da briga
MAs no final eu apanhei outra vez

No outro dia eu fiquei bem resolvido
e fui direto ver a minha escurinha
Eu me casei com ela na mesma semana
Eu sou seu rei ela é minha rainha
ela me adora eu sou louquinho por ela
e nessa base seguimos nosso caminho
O Irmão dela hoje é meu empregado
Mora lá em casa a espera de um sobrinho
[endtext]

Léo Canhoto e Robertinho - Criolinha

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[starttext]
Palmeira, nome artístico de Diogo Mulero, nasceu em Agudos, SP em 1918 e faleceu em São Paulo dia 29 de junho de 1967.

Sebastião Alves da Cunha, o Sabiá e depois Biá, Nasceu em Coromandel, MG no dia 26 de novembro de 1927 e faleceu em São Paulo no dia 02 de setembro de 2006

Passaram a trabalhar juntos em 1952, depois que Palmeira desfez a dupla com Luizinho, e Biá, a dupla que fazia com Mariano. Iniciando a carreira fazendo uma excursão ao norte do Paraná. De volta a São Paulo, depois da excursão, foram contratados pela Rádio Piratininga, para fazer um programa semanal, toda terça feira às 21 horas. A dupla trabalhou acompanhada pelo sanfoneiro Alberto Calçada. Em 1953 gravaram na RCA Victor o primeiro disco,

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BONECA COBIÇADA
Cpmposição: Biá/Bolinha
(LP "Boneca Cobiçada" - 1956)

Quando eu te conheci,
Do amor desiludida,
Fiz tudo e consegui,
Dar vida à tua vida.

Dois meses de ventura,
O nosso amor viveu,
Dois meses com ternura,
Beijei os lábios teus.

Porém eu já sabia,
Que perto estava o fim,
Pois tu não conseguias,
Viver só para mim.

Eu poderei morrer,
Mas os meus versos não,
Minha voz hás de ouvir,
Ferindo o coração.

Boneca cobiçada,
Das noites de sereno,
Teu corpo não tem dono,
Teus lábios têm veneno.

Se queres que eu sofra,
É grande o teu engano,
Pois olha nos meus olhos,
Vê que não estou chorando.

Se queres que eu sofra,
É grande o teu engano,
Pois olha nos meus olhos,
Vê que não estou chorando.
[endtext]

Palmeira e Sabiá - Boneca Cobiçada

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[postlink] http://vozesdocampo.blogspot.com/2011/09/peao-carreiro-e-ze-paulo-crises-de.html[/postlink] http://www.youtube.com/watch?v=pv2quZySZVcendofvid
[starttext]
Embora a dupla só tenha se formado em 1984, o paranaense Peão Carreiro já ostentava uma bem-sucedida carreira de compositor, iniciada em 57. “Sonhei com Você” foi sucesso nas vozes de Milionário e José Rico, enquanto “Telefone Mudo” foi gravada pelo Trio Parada Dura. Também paranaense, Zé Paulo foi parceiro de Pimentel antes de se juntar a Peão Carreiro. Uma vez juntos, gravaram 5 discos, sendo cotados no início dos anos 90 como uma das melhores duplas sertanejas do país. Contudo, em 93 – antes de completarem 10 anos de carreira juntos – a parceria se desfez.

Conteúdo YouTube: feliperezendesomodao


CRISES DE CIÚMES
Composição: Peão Carreiro/Aparecido Abel
(Álbum "Peão Carreiro e Zé Paulo" - 1988)

A gente fazia um casal feliz
Até que um dia as coisas mudaram
Seu comportamento mudou bruscamente
Línguas perigosas a envenenaram

Crises de ciúmes, guerras de palavras
Não posso entender me parece incrível
Que uma convivência de fazer inveja
Em tão pouco tempo tornou-se impossível

As nossas intrigas igual cão e gato
Você agredindo e eu me defendo
Se lhe dou carinho você não corresponde
Que vida é essa que estamos vivendo

Se chego mais tarde você faz perguntas
Num tom agressivo cheio de ciúmes
Com desconfiança cheira minha roupa
Diz que está sentindo outro perfume

Se estamos na cama vira para o canto
Igual uma pedra sem nada sentir
Acendo um cigarro pensando na vida
Tão perto do amor e sem dormir

As nossas intrigas igual cão e gato
Você agredindo e eu me defendo
Se lhe dou carinho você não corresponde
Que vida é essa que estamos vivendo
[endtext]

Peão Carreiro e Zé Paulo - Crises de Ciúmes

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[postlink] http://vozesdocampo.blogspot.com/2011/09/duo-glacial-meu-erro.html[/postlink] http://www.youtube.com/watch?v=aCP2HG24nCUendofvid
[starttext]
O Duo Glacial é formado pelos irmãos Miguel Servan Vidal, nascido em Mirassol - SP em 10 de janeiro de 1936 e Ana Servan Vidal, nascida em Onda Verde - SP em 01 de maio de 1941. Tornou-se conhecida nos anos 60 quando gravaram a música "Poeira", com a qual venderam mais de um milhão de discos.
Miguel e Aninha cantavam desde pequenos e em 1955, com o nome de Irmão Servan, a dupla passou a se apresentar na Rádio Cultura de Araraquara-SP. Em 1956, mudaranse para a capital paulista, onde conheceram o compositor "José Fortuna", que os convidou para cantar no programa "Onde cantam os maracanãs" na Rádio Piratininga.
Em 1959 adotaram o nome de "Duo Glacial", sugerido pelo próprio José Fortuna e nesser mesmo ano gravaram seu primeiro disco e em 1967 o duo comquistou o primeiro lugar no festival Sertanejo da Rádio Nacional com a música "Poeira. No ano seguinde a dupla foi homenageada com o troféu "Cornélio Pires" e gravou o LP que incluia em suas faixas a música vencedora do festival.
Em 1974, por motivos particulares, Aninha afastou-se do duo, sendo substituida por Maria Vieira da Silva, Ex esposa do cantor "Zé do Rancho" e sogra do cantor "Xororó". O nome Duo Glacial foi mantido e em 1975, gravou o LP "Eternas lembranças" pelo selo Continental.
Após quatro LPs, Mariazinha resolveu encerrar a carreira e em 1983, Aninha voltou a integrar o Duo Glacial que está em atividade até os dias de hoje.

Fonte: www.boamusicaricardinho.com

Conteúdo YouTube: Polaco210396


MEU ERRO
Composição: Luiz De Castro/Pedro Bento
(LP "Lenço Perdido" - 1969)

Perdoa-me, meu coração implora
Juro por nossa senhora que jamais eu errarei
Sozinho já não sei mais o que faço,
Se voltares aos meus braços nunca mais te deixarei.

Sofrendo eu aprendi a viver
Hoje eu posso dizer como é triste a solidão
Meu erro foi não ter te compreendido
Hoje volto arrependido suplicando o teu perdão.

Podemos reviver nosso passado
Quero estar ao teu lado, ao teu lado e mais ninguém
Nascemos pra seguir um só caminho
Não posso viver sozinho, nem tu sozinha também.

Podemos reviver nosso passado
Quero estar ao teu lado, ao teu lado e mais ninguém
Nascemos prá seguir um só caminho
Não posso viver sozinho, nem tu sozinha também.
[endtext]

Duo Glacial - Meu Erro

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[postlink] http://vozesdocampo.blogspot.com/2011/09/tiao-carreiro-e-pardinho-doce-ilusao.html[/postlink] http://www.youtube.com/watch?v=v1BDUHgvta0endofvid
[starttext]
Em 1954, Tião Carreiro conheceu Pardinho no Circo Rapa Rapa, em Pirajuí (SP), quando Tião ainda tinha o pseudônimo de Zé Mineiro. Lá, eles cantaram pela primeira vez. Em 1956, resolveram tentar a sorte em São Paulo, onde conheceram Teddy Vieira que, ouvindo a dupla, batizou José Dias Nunes de Tião Carreiro. Em novembro de 1956, gravaram o primeiro disco juntos com destaque para as músicas "Cavaleiro do Bom Jesus" (de João Alves, Nhô Silva e Teddy Vieira) e "Boiadeiro Punho de Aço" (de Teddy Vieira e Pereira). A dupla Tião Carreiro e Pardinho é tida com uma das principais da música sertaneja de raiz, considerados artistas de primeira linha no gênero. Encenaram também duas peças teatrais, "O Mineiro e o Italiano", um melodrama baseado na música, e "Pai João", o drama de um velho carreiro, e gravaram o filme Sertão em Festa, ambos com grande sucesso. Tião Carreiro e Pardinho chegaram a gravar quase 30 LPs, todos remasterizados em CDs, que continuam em catálago.

Para saber mais: http://www.tiaocarreiro.pgl.com.br

Conteúdo YouTube: bortoti


DOCE ILUSÃO
Composição: Nízio/Mário Aguinaldo
(LP "Casinha da Serra" - 1963)

Esta noite eu sonhei contigo
A noite inteirinha
Sonhei que estavas em meus braços
Meu grande amor

Mas quando eu acordei estava sozinho
Sem o teu carinho
Na solidão chorei de dor

Juro por Deus que não posso
Viver a vida sem te amar
Nasci para te adorar
Tu és minha doce ilusão

Depois que beijei teus lábios
Nunca mais querida beijei ninguém
Levaste contigo meu bem
A minha vida e o meu coração
[endtext]

Tião Carreiro e Pardinho - Doce Ilusão

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[postlink] http://vozesdocampo.blogspot.com/2011/09/ze-do-cedro-e-joao-do-pinho-jacutinga.html[/postlink] http://www.youtube.com/watch?v=Ozfxw2KCtKgendofvid
[starttext]
Zé do Cedro, Nome artístico de José Aparecido Fernandes, Nascido em Barra Dourada, SP, no dia 14 de agosto de 1941 e João do Pinho, nome artístico de João dos Santos Fernandes, nascido em Mendes Paulista, SP, no dia 10 de outubro de 1945. Formaram uma das principais duplas da música sertaneja. Tudo começou em 1979 quando venceram o "Festival Arizona de Violeiros" ocorrido na cidade de Barretos, SP, fato que originou a gravação do primeiro LP em 1980 pela "Chantecler"

João do Pinho, faleceu no dia 10 de outubro de 2000, vítma de um tumor no cérebro

Para saber mais: www.boamusicaricardinho.com

Conteúdo YouTube: danielviola


JACUTINGA
Composição: Valito
(Álbum "Zé do Cedro e João do Pinha" - 1982)

Jacutinga canto triste
Lá na mata do grotão
É sinal que a seca brava
Vai assolar mei sertão

Jacutinga canto triste
Lá na mata do grotão
É sinal que a seca brava
Vai assolar mei sertão

O céu foi escurecendo
Trovejou mas não choveu
Com a seca do mês de agosto
Meu sertão entristeceu

O roceiro persistente
Jogou no chão a semente
Tudo que plantou perdeu
O roceiro só não perde
A grande fé que tem em Deus

A chuva caiu na terra
Meu sertão tudo mudou
A mata que estava seca
Está verde e já deu flor

O meu roceiro gigante
vendo a colheita abundante
Agradece ao criador
Até o cantar da jacutinga
Se nota que alegrou

Jacutinga canto triste
Lá na mata do grotão
É sinal que a seca brava
Vai assolar mei sertão

Jacutinga canto triste
Lá na mata do grotão
É sinal que a seca brava
Vai assolar mei sertão
[endtext]

Zé do Cedro e João do Pinho - Jacutinga

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[postlink] http://vozesdocampo.blogspot.com/2011/09/duo-ciriema-lagrimas-da-alma.html[/postlink] http://www.youtube.com/watch?v=urob3sUG7R4endofvid
[starttext]
Aparecida Martins Batista, nascida em Franca, SP, no ano de 1940 e Irene Lopes, nascida também em Franca, SP, no ano de 1941 formam juntas em 1959 o Duo Ciriema. Em 1960, passou a cantar na Rádio Nacional, no programa "Alvorada cabocla". Em setembro do mesmo ano, gravou seu primeiro disco, contendo a canção rancheira "Não beba mais não", de Jeca Mineiro e Orlandinho, e o bolero "Mais uma lição", de Nonô Basílio. Acompanhada do sanfoneiro Orlandinho, a dupla passou a cantar em diversas rádios paulistas, tendo participado de programas na Nacional, na América, na Bandeirantes e na Piratininga. Em maio de 1961, lançou o segundo disco contendo a huapango "Pecado de amor", de Nízio e Piraci e o bolero "Sonhando contigo", de Junquinha, Junqueira e Paulo Jorge. No mesmo ano, gravou seu maior sucesso, a guarânia "Colcha de retalhos", de Raul Torres. Pela mesma época, iniciou uma excursão ao Nordeste do Brasil levando a música sertaneja, onde, até então, somente predominavam o frevo e o forró. Apresentou-se na Bahia, Rio Grande do Norte, Alagoas, Sergipe, Paraíba e Ceará. Em janeiro de 1962, lançou o bolero "Beijos proibidos", de Raimundo Teles e Antônio Mendes, e o rasqueado "Indiazinha", de Paulo Borges e Doralice Ferreira. Ainda em 1962, lançou o rasqueado "Não bebas mais", de Nízio e Piraci. Em 1963, gravou dois de seus maiores sucessos, o rasqueado "Oh! Ciriema", de Mário Zan e Nhô Pai e "Bebida não mata saudades", canção rancheira de Benedito Seviero e Luiz de Castro. Lançou, também, com grande sucesso, inclusive em Assunção, Paraguai, "Lencinho de nhanduti", de Piraci e Nhô Fio. Em 1964, a dupla fez temporada no país vizinho. De lá trouxe a composição "Saudade", uma guarânia do escritor e embaixador Mário Palmeiro. A dupla se afastou da vida artística um pouco depois. Em 1972, gravou de Serrinha e Athos Campos, "Chitãozinho e Xororó", retornando à vida artística. Gravou também "Como era bom aquele tempo", de César e Cirus, "Rogo ao senhor", de J. K. Filho e Miguel da Portela e "Hei de vencer", de Capitão Furtado e Juvenal Fernandes. Em 1973, lançou novo LP, onde gravou "Saudade", guarânia de Mário Palmeiro, até então inédita. Gravou também "Mensagem de esperança", de Capitão Furtado e João Pacífico, que se tornou tema de uma novela do Capitão Furtado com o mesmo nome. Regravou também "Não beba mais não", de Jeca Mineiro e Orlandinho, a primeira gravação e sucesso do duo. Em 1975, gravou LP pela Copacabana em que se destacaram, entre outras, "Onde tu irás sem mim", de J. K. Filho e Zito Berdinato e "Vivo chorando", de Everaldo Ferraz e Silvia Boanato. Em 1978 gravou "Mensagem de esperança", de Ariovaldo Pires e joão Pacífico. O Duo Ciriema deixou a vida artística em fins dos anos 1970. Em 1994 a BMG relançou "Não beba mais não", no CD "Acervo especial sertanejo". Em 1996 a BMG relançou "Mais uma lição" e "Colcha de retalhos" no CD "Meio século de música sertaneja - volume 2".

Fonte: http://www.dicionariompb.com.br

Conteúdo YouTube: Polaco210396


LAGRIMAS DA ALMA
Composição: B. Villaseñor
Versão: J. K. Filho
(LP 'Minha Terra" - 1973)

Depois de um dia chuvoso
O céu se escurece
Neste instante começa
Minh' alma a padecer
Recordo aquela tarde
Da nossa despedida
Por ser um dia como este
Não posso esquecer!

Por isso quando chove
Me invade a lembrança,
E com tristeza espero
A horrível escuridão
E as lágrimas da alma
Misturam-se com a chuva
E a noite com seu manto
Me traz recordações

E assim inconsciente
Meu pensamento implora
Que o nosso céu clareie
E volte a ser feliz!

Por isso quando chove
Me invade a lembrança,
E com tristeza espero
A horrível escuridão
E as lágrimas da alma
Misturam-se com a chuva
E a noite com seu manto
Me traz recordações.
[endtext]

Duo ciriema - Lagrimas da alma

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[postlink] http://vozesdocampo.blogspot.com/2011/09/belmonte-e-amarai-perdido-de-amor.html[/postlink] http://www.youtube.com/watch?v=h5ctBLyOzj0endofvid
[starttext]
Nascido em 02 de novembro de 1937, como Paschoal Todarelli, aos 16 anos de idade, ainda praticamente uma criança, Belmonte já se aventurava pela grande São Paulo, perseguindo o sonho de ser cantor. Aos 18 anos ele conheceu Belmiro e com ele formou dupla, gravando seu primeiro elepê, de título Aquela Mulher. Mas o jovem Paschoal Todarelli, ou Lico, como era conhecido em Barra Bonita, tinha gravado seu disco, realizado o sonho de ser cantor, mas o sucesso ainda estava longe. Este só veio em 1966, quando Belmonte conheceu Amaraí, e já no primeiro disco gravado por eles, com o título Saudade de Minha Terra, que faria a dupla imortal, o sucesso estourou com tanta potência quanto a voz dos dois, que segundo afamadas duplas como Mato Grosso e Mathias e Milionário e José Rico, eram as vozes mais afinadas e que melhor se “casavam” naqueles tempos. Mas se as vozes do dois se entrosavam perfeitamente, a personalidade dos artistas era bem diferente, e isso gerava desentendimentos e separações esporádicas. Nessas “brigas”, Belmonte chegou a gravar um elepê com Miltinho Rodrigues e até a fazer show com Amauri, mas sem gravar. No início da década de setenta, ele acabou gravando, a convite de Geraldo Meirelles, um elepê solo, acompanhado de coral e orquestra, onde interpreta seis clássicos da música raiz e folclórica, e onde também se pode aquilatar toda beleza da voz daquele que se transformou no mais famoso filho de Barra Bonita. Porém, o destino de Belmonte e Amarai estava entrelaçado pela música e eles gravariam ainda cinco elepês. E nesse trabalho é que se percebe porque a dupla se tornou um marco dentro da música sertaneja, sendo os precursores do sertanejo moderno.
Nos trabalhos de Belmonte e Amarai, pela primeira vez se via arranjos com harpa, piano, bongô, viola e violão e pistons, coisa até então inédita na música sertaneja. E, apesar de influenciado fortemente pela música mexicana de Miguel Aceves Mejia, do qual Miltinho e Amarai eram perfeitos intérpretes, Belmonte e Amarai inauguravam o sertanejo moderno gravando músicas de Nat King Cole, como La Golondrina e Adios Mariquita Linda, boleros de Augustin Lara (Solamente una vez) e de Elaido Martinez (Oracion a mi Amada), e até a música de Raul Sampaio, Meu Pequeno Cachoeiro, que se tornou símbolo de Roberto Carlos. Além destas, Belmonte e Amaraí também gravaram South Of The Border, de Kennedy e Carr e L’ora Dell Amore, de Reld e Brooker, que seriam gravadas por Agnaldo Timóteo. E ousados, como todos pioneiros, eles gravaram um dos primeiros countrys, Green, Green Grass Of Home, de Putman, que também seria gravada por Timóteo, e como primeira dupla a homenagear os caminhoneiros, eles gravaram a bela Carreta da Fronteira. Fazem 30 anos que Belmonte nos deixou. Em 09 de setembro de 1972, perto da cidade de Santa Cruz das Palmeiras-SP, ele perdia a vida num acidente automobilístico. Belmonte tinha apenas 34 anos de idade.
Domingos Sabino da Cunha, o Amarai, nasceu na cidade de Rui Barbosa, estado de Goias. Amarai conheceu Belmonte na chamada “roda de violeiros”, que havia em São Paulo, no ano de 1966. As vozes se entrosaram com a de dois rouxinóis e, naquele mesmo ano, surgia a dupla já gravando o elepê Saudade de Minha Terra. O sucesso veio para os dois como uma pancada de chuva de verão, que antes de dar tempo de você correr, já o pega no meio do caminho. Assim foi o sucesso da dupla. Nem deu tempo deles recuperarem o fôlego e o sucesso já os alavancou instantaneamente ao nível das maiores duplas do Brasil. Dai vieram mais 5 elepês, todos de sucesso, sendo que alguns deles chegaram a vender 600 mil cópias, o que era um recorde na época. Dos 6 elepês gravados, entre 1966 e 1972, dois foram pela RCA Victor e quatro pela Chantecler, mais tarde incorporada pela Warner Music. Com a morte de Belmonte, Amarai gravou com alguns outros musicos, mas a dupla Belmonte & Amarai foi pra sempre sua dupla.

Fonte: www.gentedanossaterra.com.br

Conteúdo YouTube: finimtev


PERDIDO DE AMOR
Composição: Piragí/Amaraí
(LP "Saudade De Minha Terra" - 1967)

O que me vale esta vida
Se sofro sem teu amor
Se já não tenho teus beijos
Se já não sinto o teu calor

Tú sabes o quanto te quero
É grande minha paixão
Mas teu desejo é que eu sofra por ti
Estás me matando com ingratidão
Mas teu desejo é que eu sofra por ti
Estás me matando com ingratidão.

Quero que saibas querida
Eu vivo sofrendo eu vivo chorando
Na longa estrada da vida
Sozinho vou caminhando

Sinto a tristeza em minh`alma
É triste viver assim
Embora sofrendo eu te quero
Mesmo sabendo que não gosta de mim
Embora sofrendo eu te quero
Mesmo sabendo que não gosta de mim.
[endtext]

Belmonte e Amaraí - Perdido de amor

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[postlink] http://vozesdocampo.blogspot.com/2011/09/ronaldo-viola-e-joao-carvalho.html[/postlink] http://www.youtube.com/watch?v=k1ESsA3t_goendofvid
[starttext]
Ronaldo Carandina, nasceu em São Paulo, no dia 25 de março de 1962. Iniciou o estudo de viola com apenas 9 anos.
Manoel João de Carvalho, nasceu em taiúva, São Paulo, onde trabalhava no campo juntamente com seus pais
A dupla "Ronaldo Viola e João Carvalho" iniciou no ano de 1978 sua curta, porém expressiva, Carreira Artística, após o Festival da Música Sertaneja patrocinado pelo Governo do Estado de São Paulo, que teve lugar em diversas cidades do Interior Paulista, dentre elas, Santa Isabel-SP.
E, no ano de 1980, com apoio do Cantador, Compositor e Produtor Téo Azevedo, que os levou para a gravadora Fermata, Ronaldo Viola e João Carvalho gravaram o primeiro disco, "Cheiro Do Povão" (Discofran - DFLP 105), com destaque para a música "João e Maria" (Moniz). Esse Primeiro Disco foi uma Produção Independente distribuída pela Fermata.
O Segundo e o Terceiro Discos foram gravados na Tocantins, tendo já atingido um expressivo destaque no cenário nacional.
Considerados como Músicos de Raiz, a dupla procurou seguir o Estilo Autêntico de Tião Carreiro e Pardinho, seguindo no Mundo Artístico Profissional e fazendo sucesso nos Estados de São Paulo, Minas Gerais, Goiás, Mato Grosso do Sul e Paraná, realizando diversas apresentações, tendo chegado à marca de 6 Discos gravados, entre LP's e CD's.
Merece destaque também o Quarto Disco, que a dupla gravou no ano de 1993: o LP "Ronaldo Viola e João Carvalho - Vol. 4" pela gravadora San Francisco (SFLP-1013), o qual contou com a Produção e os Arranjos do Maestro Martinez, tendo as Músicas "Paixão Goiana" (João de Paula - Romeu Wandscheer), "Esperança" (Ronaldo Viola) e "Viola Viva" (Praense - Romeu Wandscheer), além de "Volta Por Cima" (Tião Carreiro - Romeu Wandscheer). O disco também teve a participação especial do Locutor de Rodeios Barra Mansa na faixa "Rodeio Brasileiro" (Jesus Belmiro - Ronaldo Viola).

Ronaldo Viola, faleceu em São Paulo no dia 14 de julho de 2004

Fonte: www.boamusicaricardinho.com

Conteúdo YouTube: DiegoSanchesPrakA


PRISIONEIRO
Composição: Ronaldo Viola/Vicente Dias
(Álbum "Volume 6" - 1998)

Ela chegou assim,
de onde veio não sei,
com carinhos nas mãos,
abriu meu coração,
entrou dentro mim,
me amarrou com um beijo,
me deixou de castigo,
nada pude fazer,
para me defender,
do seu doce perigo.

Se ela me soltar agora eu não vou querer,
não quero mais liberdade não quero sofrer,
não quero portas abertas não quero saída,
quero ser seu prisioneiro pro resto da vida,

Me amarrou com um beijo,
me deixou de castigo,
nada pude fazer,
para me defender,
do seu doce perigo,

Se ela me soltar agora eu não vou querer,
não quero mais liberdade não quero sofrer,
não quero portas abertas não quero saída,
quero ser seu prisioneiro,
pro resto da vida,

Se ela me soltar agora eu não vou querer,
não quero mais liberdade não quero sofrer,
não quero portas abertas não quero saída,
quero ser seu prisioneiro,
pro resto da vida,
[endtext]

Ronaldo Viola e João Carvalho - Prisioneiro

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[postlink] http://vozesdocampo.blogspot.com/2011/09/ataide-e-alexandre-agenda-rabiscada.html[/postlink] http://www.youtube.com/watch?v=sEDDblcsZ3Uendofvid
[starttext]
Em 1980 desembarcava em São Paulo uma dupla cheia de vontade, talento e sonhos. Ataíde e Alexandre queriam conquistar o Brasil, seguindo os passos dos grandes nomes que fizeram a música sertaneja: Tonico & Tinoco; Milionário & José Rico; Tião Carreiro & Pardinho e tantos outros.
Alexandre - trabalhou na roça, cortando cana e colhendo algodão até os 14 anos.
Aprendeu a tocar violão sozinho, nos poucos momentos de lazer que tinha. Aos 16 anos começou a se apresentar em programas de calouros com Raul Gil e Silvio Santos.
Em São Paulo, Alexandre trabalhou como garçom no restaurante La Farina durante três anos. Foi quando surgiu a primeira oportunidade no programa da rádio Record Linha Sertaneja Classe A. No final de 1982 assinaram contrato com a gravadora RCA.

Para saber mais: www.ataideealexandre.com.br

Conteúdo YouTube: cazarinbruninho


AGENDA RABISCADA
Composição: Rick/Alexandre
(Álbum "Portas e Janelas" - 2008)

Você fala por aí que não me ama
Você jura que já não sente mais nada
Mas a noite é pesadelo em sua cama
Solidão da madrugada
Telefone na parede desligado
E o meu nome em sua agenda rabiscado
São sintomas de paixão mal resolvido
E de amor mal acabado

Você deita mas o sono se levanta
Faz de tudo pra dormir não adianta
Tá morrendo de saudade por orgulho
Não vem me procurar

Quem esqueceu não chora
Quem chora ainda lembra
Quando se esquece rasga
Não se rabisca a agenda
Quem esqueceu não chora
Nem rola pela cama
Se ainda perde o sono
É que ainda me ama
[endtext]

Ataide e Alexandre - Agenda Rabiscada

0
[postlink] http://vozesdocampo.blogspot.com/2011/09/raul-tores-e-florencio-boiada-cuiabana.html[/postlink] http://www.youtube.com/watch?v=39MGGoQfyuMendofvid
[starttext]
O cantor e compositor Raul Torres nasceu em Botucatu/SP, no dia 11 de julho de 1906. Mas foi em São Paulo que seguiu a carreira de cantor. Adotou o estilo nordestino, que fazia sucesso nos anos 20, por causa de nomes como Turunas da Mauricéia, Augusto Calheiros (conhecido como o Patativa do Norte) e Jararaca e Ratinho. Ele atuou nas emissoras Educadora Paulista e Cruzeiro do Sul. A partir de 1945, Torres dedicou-se mais aos programas de rádio, com isso diminuindo as gravações de disco. Seu primeiro disco gravado foi em 1927, com uma embolada e um samba. Dentre os sucessos, Galo sem Crista. E também na Série Caipira de Cornélio Pires, no ano de 1930, com o pseudônimo Bico Doce. Florêncio fez dupla com Torres. Era de família de músicos e cantadores e começou na Rádio Record. Lá ele foi aprovado cantando Casinha Pequenina. Sua dupla com Torres teve início em 1942. Foram contratados pela Odeon, onde gravaram "O Pipoqueiro" (de Raul Torres) e a moda de viola "V da Vitória" (de Raul Torres e Francisco Sanches). Já em 1943, a dupla gravou Moça Forgazona e Que Loura Bonita, de Raul Torres e Sebastião Teixeira. Um ano depois, a moda Apelido dos Jogadores, de Raul Torres e Palmeira. E ainda a toada Vamos Plantá Algodão (de Raul Torres). E, no mesmo ano, juntamente com o sanfoneiro Nininho, formaram o trio Os Três Batutas do Sertão. O destaque na época ficou por conta da gravação do clássico Cabocla Tereza, de João Pacífico. Em 1945, gravaram outra música que se tornaria um clássico caipira: Moda da Mula Preta, de Raul Torres e João Pacífico. Juntos, Torres e Florêncio gravaram aproximadamente 80 discos.

Fonte: http://www.letras.com.br/biografia/raul-torres

Conteúdo YouTube: Polaco210396


BOIADA CUIABANA
Composição: Raul Torres
(LP "Os Inesquecíveis" - 1994)

Vou contar a minha vida
Do tempo que eu era moço
Duma viagem que eu fiz
Lá no sertão do Mato Grosso
Fui buscar uma boiada
Isto foi no mês de agosto.

Meu patrão foi embarcado
Na linha Sorocabana
Capitais da comitiva
Era o Juca Flor da Grama
Foi tratado pra trazer
Uma boiada cuiabana.

Eu sai de Lambary
Na minha besta Ruana
Só depois de 30 dias
Que cheguei em Aquidauana
Lá fiquei enamorado
Duma malvada baiana.

No baio foi João Negrão
No tordilho Severino
Zé Garcia no Alazão
No Pampa foi Catarino
A madrinha e o cargueiro
Quem puxava era um menino.

Na volta de Campo Grande
No cassino foi entrando
Uma linda paraguaia
Na mesa estava jogando
Botei a mão na gibeira
Dinheiro estava sobrando.

Ela mandou me dizer
Pra mim que fosse chegando
Eu virei e disse pra ela
Vai bebendo eu vou pagando
Eu joguei nove partida
Meu dinheiro foi andando.

De Campo Grande parti
Com a boiada cuiabana
Meu amor veio na anca
Da minha besta Ruana
Hoje eu tenho quem me alegre
Na minha velha choupana.
[endtext]

Raul Tores e Florêncio - Boiada Cuiabana

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[postlink] http://vozesdocampo.blogspot.com/2011/09/joao-renes-e-reny-ausencia.html[/postlink] http://www.youtube.com/watch?v=e7ZD1XrrruMendofvid
[starttext]
João Renes Moreira, mais conhecido por João Renes e parceiro de Donizete de Oliveira Silveira, o Reny, formam uma das duplas de maior socesso da década de 1980. Suas canções mais conhecidas são: "Estrela Maior", "Show de Deus", "Segura na Mão de Deus","Garoto Abandonado", "Foi Deus que Fez Você", "Rosas e Versos", "Gatora Manhosa", "Adeus Solidão" e "Caminhos do Sol".

Conteúdo YouTube: tencir09


AUSÊNCIA
Composição: Gilson Bernini/Henrique Gomes/Cosminho
(Álbum "Volume 1" - 1984)

Quando você se foi
Eu chorei sua ausência
Eu fiquei tão só

Não me conformei
E lhe procurei
Você não teve dó

Implorei seu calor
Implorei seu amor
Foi dificil viver

Eu peço por favor
Volte meu amor
Me ajude a viver

Eu estou inconformado
Na penumbra de um quarto
Sem ninguém me ver

Eu vivo perdido
Sou algo esquecido
Esperando você
[endtext]

João Renes e Reny - Ausência

1
[postlink] http://vozesdocampo.blogspot.com/2011/09/gino-e-geno-morena-dos-olhos-verdes.html[/postlink] http://www.youtube.com/watch?v=R_H2IbRV7eYendofvid
[starttext]
Gino & Geno é uma dupla de Música Sertaneja que iniciou sua carreira em 1970. Nos anos 2000, Gino & Geno iniciaram com os hits "Ela Chorou de Amor" e "Coração Cigano", que contou com a participação da dupla Rick & Renner. Outros sucessos são, entre outros, "Mulher Que Não Dá Voa", "Eu Vou Beber Veneno", "Bebo Pra Carai", "Eu já fui de você", "Que Bicho Que É", "Acidente de Amor" e "A Galera do Chapéu", além de gravar uma música em homenagem para a padroeira do Brasil Nossa Senhora Aparecida.

Para saber mais: http://www.ginoegeno.com.br

Conteúdo YouTube: adaircarvalho


MORENA DOS OLHOS VERDES
Composição: Dolores Duran
(LP " Volume 3 - 1974)

Morena dos olhos verdes
Que mora lá do outro lado
Se eu não encontrar canoa
Atravesso rio a nado

Mas hoje eu quero dizer
Que estou apaixonado
E quero trazer você
Para morar no meu povoado

Morena dos olhos verdes
Do pensamento não sai
Depois que você foi minha
Ai, ai

Meu coração me pediu
E eu tenho que lhe atender
Vou atravessar o rio
E vou para buscar você

E se o rio estiver cheio
Eu não quero nem saber
Meu coração me falou
Se eu não for te buscar
Vai parar de bater

Morena dos olhos verdes
Do pensamento não sai
Depois que você foi minha
Ai, ai

Morena dos olhos verdes
Seus olhos machuca a gente
Seu lindo jeito de olhar
Já me fez ficar doente

Vou sair para te buscar
Não respeito lei e gente
Meu coração quer ganhar
Você morena de presente

Morena dos olhos verdes
Do pensamento não sai
Depois que você foi minha
Ai, ai
[endtext]

Gino e Geno - Morena dos Olhos Verdes

0
[postlink] http://vozesdocampo.blogspot.com/2011/09/inezita-barroso-boi-amarelinho.html[/postlink] http://www.youtube.com/watch?v=RFwr5usTPUMendofvid
[starttext]
Ignez Magdalena Aranha de Lima, nasceu em São Paulo, no dia 4 de março de 1925. Cantora, atriz, instrumentista, folclorista, professora, doutora Honoris Causa em folclore e arte digital pela Universidade de Lisboa e apresentadora de rádio e televisão brasileira, atuando também em shows, discos, cinema, teatro e produzindo espetáculos musicais de renome nacional e internacional. Apaixonada pela cultura e, principalmente, pela música brasileira, Inezita começou a cantar e tocar violão e viola desde pequena, com sete anos. Estudiosa, matriculou-se no conservatório e aprendeu piano. Formou-se em biblioteconomia pela USP, antes de se tornar cantora profissional, em 1953.

Para saber mais: www.inezitabarroso.com.br

Conteúdo YouTube: Polaco210396


BOI AMARELINHO
Composiçõa: Raul Torres
(LP "EU ME AGARRO NA VIOLA" - 1960)

Eu sou aquele boizinho
Que nasceu no mês de maio
Desde que nasci no mundo
Foi só pra sofre trabaio

Meu pai era um boi turuna
que nasceu num sapezá
Seu nome era barbatão
Por sobrenome maruá

Quando eu tava de ano e meio
Já fizeram amansação
Em vez de amansá de carro
Amansaram de carretão

Carreiro que me guiava
Era um mulato pimpão
Me dava com o pé da vara
E chuchava com o ferrão

Me dava com o pé da vara
Só fazendo judiação
Eu preguei uma chifrada
Que varou no coração

Veio meu patrão e disse
Vou mandar esse boi pro corte
Não trabaia no meu carro
Boi que já deve uma morte

Eu tava arto da serra
E avistei dois cavaleiro
Com dois laço na garupa
E dois cachorro perdigueiro

Pois era o senhor patrão
Que vinha me visitar
E o marvado carniceiro
Que já vinha negociar

Adeus campo da Varginha
Terreno dos ananáis
Os zóio que me vê hoje
Amanhã não me vê mais

Eu entrei no matadô
Não encontrava saída
O melhor jeito que tenho
É entregar a minha vida

O marvado carniceiro
Já correu afiá o facão
Pra largar uma facada
Bem certa no coração

Botei mei joelho em terra
Só prá ver sangue correr
E o marvado com a caneca
Ainda parava prá beber

Mas já fiz minha promessa
Pra quem meu couro tirar
Que o mundo dá muita vorta
E sem camisa há de ficar
[endtext]

Inezita Barroso - Boi Amarelinho

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[postlink] http://vozesdocampo.blogspot.com/2011/09/carlito-e-baduy-isto-que-e-saudade.html[/postlink] http://www.youtube.com/watch?v=tmvtqQbpmaIendofvid
[starttext]
Carlito, nome artístico de Mauril Leal de Paula, nasceu em Frutal, MG, no dia 04 de novembro de 1948 e Baduy, nome artistico de Euripides Simões França, nascido em Itumbiara, GO, no dia 23 de outubro de 1943. O primeiro LP foi gravado em 1975 pela Continental e que tinha como faixa principal a música "Cachoeira de Lágrimas" que os tornaram uma dupla nacionalmente conhecida.

Para saber mais: www.carlitoebaduy.com.br

Conteúdo YouTube: Polaco210396


ISTO QUE É SAUDADE
Composição: Carlito/Moacir dos Santos
(LP "Volume 4" - 1977)

Teve gente falando em saudade
Mas falam da boca pra fora
Quero ver quem é que tem saudade
Igual a saudade que sinto agora.

Muita gente falou de saudade
Mas por falta de inspiração
E também brincaram com a saudade
Pra fazer uma simples canção
A saudade não é brincadeira
E machuca sem ter compaixão
A saudade maior do mundo
Está no fundo do meu coração.

Tem alguém que falou em saudade
Não sabendo o que ia dizer
A saudade machuca demais
Faz a gente chorar e sofrer,
Tem gente que falou em saudade
Parece sentindo prazer
Pra saudade não faço empenho
Saudade que tenho prefiro não ter.

Eu estou falando em saudade
Porque eu já fui bem feliz
Um amor me deixou a saudade
E a saudade me faz infeliz
O amor que deixa saudade
É o amor que teve raiz
A saudade pra mim não tem jeito,
feriu o meu peito
E não fez cicatriz.
[endtext]

Carlito e Baduy - Isto que é Saudade

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[postlink] http://vozesdocampo.blogspot.com/2011/09/pedro-bento-e-ze-da-estrada-o-progresso.html[/postlink] http://www.youtube.com/watch?v=hfVcc0ZNlsUendofvid
[starttext]
Pedro Bento e Zé da Estrada são uma dupla de cantores de Música Sertaneja do Brasil. Toda discussão sobre a influência da música regional mexicana sobre seus primos brasileiros tem de incluir, por pelo menos única menção, a Pedro Bento e Zé da Estrada, que por sinal, cantam e gravam juntos até hoje, e a RCA foi sua casa desde 1966. Waldomiro de Oliveira, nascido em 1929, é mais um ilustre filho da cidade paulista de Botucatu. e sem dúvida é bem mais conhecido como Zé da Estrada. Seu companheiro, JoeI Antunes Leite, nascido em 1934, honra sua cidade natal, Porto Feliz, São Paulo, e desde bem cedo começou a carreira como menino-prodígio, cantando em festas do Divino nas regiões de Tietê, Piracicaba e outras. Vindo para São Paulo aos 14 anos, profissionalizou-se imediatamente, cantando em várias emissoras. Numa destas suas viagens pelo Brasil, em 1958 conheceu Waldomiro, administrador de fazendas, também ex-cantor mirim e já residente em São Paulo, e formaram a dupla Pedro Bento e Zé da Estrada. Ainda em 1958 emplacaram seu primeiro h i t, Seresteiro da Lua. A princípio, eles cantavam música caipira de raiz. Mas em meados dos anos 60 preferiram levar adiante as já então muito comuns influências da música mexicana, enfatizando ainda mais os chapelões, trompetes e cu-curu-cu-cus. A mistura deu certo, e só poderia (afinal, a dupla estava essencialmente promovendo a união de dois irmãos sertanejos, o mexicano e o brasileiro). E assim, o sucesso de Pedro Bento e Zé da Estrada perdura até hoje, sendo uma dupla pioneira e de grande sucesso no mundo sertanejo.

Para saber mais: www.pedrobentoezedaestrada.com.br

Conteúdo YouTube: dukarocha


O PROGRESSO BRASILEIRO
Composição: Arnaldo Viana/Vadão
(LP "Show para Milhões" - 1979)

Há muitos anos você via na estrada
Sempre passava a boiada que vinha lá no sertão
Ia na frente o berrante e o ponteiro
Vinha atrás do boiadeiro em cima do alazão

E hoje vejam o progresso a onde foi
O boi puxava o carro e hoje o carro puxa o boi.

Estrada velha hoje vive abandonada
Não se vê uma boiada, nem grito de boiadeiro;
Hoje a boiada não precisa de berrante
Ela chega num instante num caminhão boiadeiro.

E o meu pai já trabalhou de carreiro
Hoje ele está velhinho não pode mais trabalhar
Faz muito tempo, já foram muitos janeiros,
Conta a vida de carreiro e já se põe a chorar.

Naquele tempo não existia o caminhão
Com o boi arava a terra pra fazer a plantação
E o carreiro trabalhava todo dia
Ele tinha os bois de guia e arrastava o carretão.
[endtext]

Pedro Bento e Zé da Estrada - O Progresso Brasileiro

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[postlink] http://vozesdocampo.blogspot.com/2011/09/jaco-e-jacozinho-queria-sonhar-outra.html[/postlink] http://www.youtube.com/watch?v=LgKOEwbfFAAendofvid
[starttext]
Naturais de Assis-SP, Jacó e Jacozinho foi uma das duplas mais tradicionais da música sertaneja, filhos de Gabriel Jacob (1902 - 1979) (grande catireiro paranaense conhecido como Jacó da Viola) e de Dona Maria Joana de Jesus (1911 - 1982), que tiveram um total de 9 filhos, os quais tomaram diferentes rumos; foram eles: José Jacob (1932 - 1972), João Jacob (1934 - 1981), Antonio Jacob (1938 - 1981), Benedito Jacob (1942 - 1965), Sebastião Jacob (1943 - 1981), Amado Jacob (06/04/1944 - 06/2001), Aparecida Jacob (1946), Pedro Jacob (04/10/1948 - 19/03/2009) e Inês (1950). A primeira dupla "Jacó e Jacozinho" era formada por Benedito Jacob e Amado Jacob, que gravaram os dois primeiros discos 78 RPM. Já no primeiro LP, gravado em 1964, a dupla passou a ser formada por Antonio Jacob e Amado Jacob que permaneceram até 1980, quando do falecimento de Antônio.

Fonte: http://www.umdoistres.com.br

Conteúdo YouTube: Polaco210396


QUERIA SONHAR OUTRA VEZ
Composição: Jacó/Jacozinho/João Seviero
(LP "Terra Bruta" - 1972)

Eu tive um sonho tão lindo
Foi pena não ser verdade
Que eu deixei a cidade
Voltei lá pro meu sertão

Naquela mesma choupana
Que morei quando criança
Na minha saudosa infância
Que guardo recordação

Encontrei tudo bonito
Como era antigamente
Rio de águas corrente
Que tocava o monjolinho

Voltei a nadar no açude
Naquela vida maluca
Corri armar arapuca
Para pegar passarinho

Montei no pingo ligeiro
Galopei pela fazenda
Fui ao pomar, a moenda
Do antigo fazendeiro

Vi a noite enluarada
Que nada se assemelha
Derrubei casa de abelha
Junto com meus companheiros

No outro dia seguinte
Acordei muito tristonho
Ao ver que tudo era um sonho
Ao acordar se desfez

As minhas horas alegres
No sonho foi refletida
As coisas boas da vida
Queria sonhar outra vez
[endtext]

Jacó e Jacozinho - Queria Sonhar Outra Vez

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[postlink] http://vozesdocampo.blogspot.com/2011/09/joao-mulato-e-douradinho-sabor-de.html[/postlink] http://www.youtube.com/watch?v=f5Ogl3uAkXMendofvid
[starttext]
João Mulato, nome artistico de Wilson Leôncio de Melo é natural da cidade de Passos,MG. Ainda pequeno, mudou-se com a família para a cidade de Araçatube,SP. Anos depois, na capital paulista, conheceu o violeiro Bambico, com quem formou a dupla "João Mulato e Douradinho" e jundos gravaram dois LPs. Com a morte repentina de Bambico, João Mulato formou várias outras parcerias, mas sempre mantendo o mesmo nome da dupla.

Conteúdo YouTube: danielviola


SABOR DE VITÓRIA
Composição: João Mulato/Sebastião Vitor
(Álbum "O Imã do Amor" - 1986)

O dom que Deus dá pra gente
Só ele pode tirar
Meu destino é de cigarra
minha vida é cantar

Carreguei a cruz nas costas
Caí soube levantar
Quem cruzou o meu caminho
Com corôa de espinhos
Queria me coroar.

Quem fingiu ser meu amigo
Só levou o que era meu
Pra mim não vencer na arte
Dinheiro por tráz correu

Jogando sujo comigo
Seu dinheiro não valeu
Quem desmanchou minha cama
Hoje esta comendo grama
Pagando o que mereceu.

O que fiz ha´muito tempo
Estou vendo reprisar
Por despeito de alguém
Por quê eu sai de lá

Quem entrou nessa jogada
Eu nunca ouvi falar
São dois caras atrevidos
Meu nome é mais conhecida
Eles só vão me ajudar.

Dar o pão pra quem tem fome
É o que Deus ensinou
Nas garras de um judeu
Comi o pão que o diabo amassou

Escapei desse agiota
Que só me prejudicou
Saí cortando por fora
Com um sabor de vitória
Estou mostrando o meu valor
[endtext]

João Mulato e Douradinho - Sabor De Vitória

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[postlink] http://vozesdocampo.blogspot.com/2011/09/chrystian-e-ralf-cheiro-de-shampoo.html[/postlink] http://www.youtube.com/watch?v=Ilxuj8u3VW4endofvid
[starttext]
Chrystian & Ralf é uma dupla de sertaneja brasileira do estado de Goiás, estado conhecido nacionalmente pelas famosas duplas sertanejas.
Famosa pelo som agudo de suas canções, é reconhecida como a Dupla mais afinada do Brasil
Chrystian e Ralf, respectivamente José Pereira da Silva Neto e Ralf Richardson da Silva, já cantavam desde a infância.
José Pereira da Silva Neto , o Chrystian, nasceu em Goianina no dia 3 de novembro de 1956 e Ralf Richardson da Silva nasceu na mesma cidade em 15 de junho de 1961.
Chrystian, antes da formação da dupla, cantava em inglês, e gravou uma música para a novela Cavalo de aço em 1973, Don't say goodbye.
O primeiro disco da dupla foi em 1983, o qual garantiu o primeiro disco de ouro a Chrystian & Ralf.
Em 1993, Chrystian & Ralf fizeram a turnê Viajantes da Canção para mostrar que a dupla não cantava apenas música sertaneja, pois na turnê cantavam ópera, passando por Elis Regina e Dalva de Oliveira.
Reconhecida nacionalmente e internacionalmente, foi a primeira dupla sertaneja a gravar em formato de CD, foi também a primeira dupla a vender 1 milhão de cópias de LPs, o que foi considerado um feito histórico nos anos de 88 a 90 feito alcançado somente pelo "Rei" Roberto Carlos.
Colecionam um prêmio sharp de música brasileira, sendo a única dupla sertaneja a ganhar esse prêmio, gravou um CD em espanhol em 89 com 250 mil cópias vendidas, alcançando sucesso em toda América Latina, e com várias apresentações nos Estados Unidos, com shows para um público de 70 mil pessoas. A dupla Chrystian & Ralf é famosa por ter várias músicas como tema de novelas globais.
A dupla faz parte do quinteto de ouro da música sertaneja, já que sempre esteve entre as cinco maiores duplas do Brasil.

Para saber mais: www.chrystianeralf.com

Conteúdo YouTube: adaircarvalho


CHEIRO DE SHAMPOO
Composição: Cecílio Nena
(Álbum "Volume 10" - 1993)

Você me dá um beijo
Me pede pra esperar
Entra pro seu banho
Diz que já vem se deitar

Deixa a porta aberta
Vai tirando a roupa
Eu fico olhando tudo
Com água na boca

Mas esses minutos parecem
Bem mais que uma hora
Você não vem, você demora
E fica alisando seu corpo inteiro

Então o desejo de amar
Incendeia meu peito
Não consigo esperar, não tem outro jeito
Mergulho também, com você no chuveiro

Esse amor molhado
Faz tudo acontecer
Você me deixa atiçado
Pra te dar mais prazer

Eu cubro com Espumas
O seu corpo nu
Nós dois embaixo do chuveiro
Amor com cheiro de shampoo
[endtext]

Chrystian e Ralf - Cheiro de Shampoo

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[postlink] http://vozesdocampo.blogspot.com/2011/09/inezita-barroso-maringa.html[/postlink] http://www.youtube.com/watch?v=g_zq7A0R-Vwendofvid
[starttext]
Ignez Magdalena Aranha de Lima, nasceu em São Paulo, no dia 4 de março de 1925. Cantora, atriz, instrumentista, folclorista, professora, doutora Honoris Causa em folclore e arte digital pela Universidade de Lisboa e apresentadora de rádio e televisão brasileira, atuando também em shows, discos, cinema, teatro e produzindo espetáculos musicais de renome nacional e internacional. Apaixonada pela cultura e, principalmente, pela música brasileira, Inezita começou a cantar e tocar violão e viola desde pequena, com sete anos. Estudiosa, matriculou-se no conservatório e aprendeu piano. Formou-se em biblioteconomia pela USP, antes de se tornar cantora profissional, em 1953.

Para saber mais: www.inezitabarroso.com.br

Conteúdo YouTube: Sandracris1


MARINGÁ
Composição: Joubert de Carvalho
(LP "Canto da Saudade" - 1959)

Foi numa léva
Que a cabocla Maringá
Ficou sendo a retirante
Que mais dava o que falá.

E junto dela
Veio alguém que suplicou
Prá que nunca se esquecesse
De um caboclo que ficou

Antigamente
Uma alegria sem igual
Dominava aquela gente
Da cidade de Pombal.

Mas veio a seca
Toda chuva foi-se embora
Só restando então as água
Dos meus óio quando chóra.

Maringá, Maringá,
Depois que tu partiste,
Tudo aqui ficou tão triste,
Que eu garrei a maginá:

Maringá, Maringá,
Para havê felicidade,
É preciso que a saudade
Vá batê noutro lugá.

Maringá, Maringá,
Volta aqui pro meu sertão
Pra de novo o coração
De um caboclo assossegá
[endtext]

Inezita Barroso - Maringá