Pedro Bento e Zé da Estrada - Herói sem Medalha

[postlink] http://vozesdocampo.blogspot.com/2011/10/pedro-bento-e-ze-da-estrada-heroi-sem.html[/postlink] http://www.youtube.com/watch?v=MkV_zwkd3uIendofvid
[starttext]
Toda discussão sobre a influência da música regional mexicana sobre o sertanejo aqui no Brasil, tem de incluir, por pelo menos única menção, a Pedro Bento e Zé da Estrada, que por sinal, cantam e gravam juntos até hoje, e a RCA foi sua casa desde 1966. Waldomiro de Oliveira, nascido em 1929, é mais um ilustre filho da cidade paulista de Botucatu. e sem dúvida é bem mais conhecido como Zé da Estrada. Seu companheiro, JoeI Antunes Leite, nascido em 1934, honra sua cidade natal, Porto Feliz, São Paulo, e desde bem cedo começou a carreira como menino-prodígio, cantando em festas do Divino nas regiões de Tietê, Piracicaba e outras. Vindo para São Paulo aos 14 anos, profissionalizou-se imediatamente, cantando em várias emissoras. Numa destas suas viagens pelo Brasil, em 1958 conheceu Waldomiro, administrador de fazendas, também ex-cantor mirim e já residente em São Paulo, e formaram a dupla Pedro Bento e Zé da Estrada. Ainda em 1958 emplacaram seu primeiro h i t, Seresteiro da Lua. A princípio, eles cantavam música caipira de raiz. Mas em meados dos anos 60 preferiram levar adiante as já então muito comuns influências da música mexicana, enfatizando ainda mais os chapelões, trompetes e cu-curu-cu-cus. A mistura deu certo, e só poderia (afinal, a dupla estava essencialmente promovendo a união de dois irmãos sertanejos, o mexicano e o brasileiro). E assim, o sucesso de Pedro Bento e Zé da Estrada perdura até hoje, sendo uma dupla pioneira e de grande sucesso no mundo sertanejo.

Para saber mais: http://www.pedrobentoezedaestrada.com.br

Conteúdo YouTube: adaircarvalho


HERÓI SEM MEDALHA
Composição: Sulino
(Álbum "SomDa Terra" - 1995)

Sô filho do interior do grande estado minero
Fui um herói sem medaia na profissão de carrero
Puxando tora do mato com doze bois pantanero
Eu ajudei desbravá nosso sertão brasilero
Sem vaidade eu confesso
Do nosso imenso progresso
Eu fui um dos pionero

Veja bem como o destino muda a vida de um home
Uma doença marvada minha boiada consome
Só ficô um boi mestiço que chamava Lobisome
Por ser preto igual carvão foi que eu lhe pus esse nome
Em poco tempo depois
Eu vendi aquele boi
Pros filhos não passá fome

Aborrecido com a sorte dali resorvi muda
E numa cidade grande com a família foi morá
Por eu ser anarfabeto tive de me sujeitá
Trabaiá num matadô para o pão podê ganhá
Como eu era um home forte
Nuqueava o gado de corte
Pros companhero sangrá

Veja bem a nossa vida como muda de repente,
Eu que às veiz inté chorava quando um boi ficava doente,
Ali eu era obrigado matá a reis inocente
Mas certo dia o destino me transformô novamente
Um boi da cor de carvão
Pra morrê na minha mão
Estava na minha frente

Quando eu vi meu boi carrero não contive a emoção,
Meus óio se enchero d'água e o pranto caiu no chão
O boi me reconheceu e lambeu a minha mão
Sem podê sarvá a vida do boi de estimação
Pedi as conta e foi embora
Desisti na mesma hora
Dessa ingrata profissão
[endtext]
This site does not store any files on its server.We only index and link to content provided by other sites.If you have any doubts about legality of content or you have another suspicions, feel free to contact us HERE - Thank you.

0 comentários:

Postar um comentário

:)) ;)) ;;) :D ;) :p :(( :) :( :X =(( :-o :-/ :-* :| 8-} :)] ~x( :-t b-( :-L x( =))