Belmonte e Amaraí - Pombinha mensageira

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Nascido em 02 de novembro de 1937, como Paschoal Todarelli, aos 16 anos de idade, ainda praticamente uma criança, Belmonte já se aventurava pela grande São Paulo, perseguindo o sonho de ser cantor. Aos 18 anos ele conheceu Belmiro e com ele formou dupla, gravando seu primeiro elepê, de título Aquela Mulher. Mas o jovem Paschoal Todarelli, ou Lico, como era conhecido em Barra Bonita, tinha gravado seu disco, realizado o sonho de ser cantor, mas o sucesso ainda estava longe. Este só veio em 1966, quando Belmonte conheceu Amaraí, e já no primeiro disco gravado por eles, com o título Saudade de Minha Terra, que faria a dupla imortal, o sucesso estourou com tanta potência quanto a voz dos dois, que segundo afamadas duplas como Mato Grosso e Mathias e Milionário e José Rico, eram as vozes mais afinadas e que melhor se “casavam” naqueles tempos. Mas se as vozes do dois se entrosavam perfeitamente, a personalidade dos artistas era bem diferente, e isso gerava desentendimentos e separações esporádicas. Nessas “brigas”, Belmonte chegou a gravar um elepê com Miltinho Rodrigues e até a fazer show com Amauri, mas sem gravar. No início da década de setenta, ele acabou gravando, a convite de Geraldo Meirelles, um elepê solo, acompanhado de coral e orquestra, onde interpreta seis clássicos da música raiz e folclórica, e onde também se pode aquilatar toda beleza da voz daquele que se transformou no mais famoso filho de Barra Bonita. Porém, o destino de Belmonte e Amarai estava entrelaçado pela música e eles gravariam ainda cinco elepês. E nesse trabalho é que se percebe porque a dupla se tornou um marco dentro da música sertaneja, sendo os precursores do sertanejo moderno.
Nos trabalhos de Belmonte e Amarai, pela primeira vez se via arranjos com harpa, piano, bongô, viola e violão e pistons, coisa até então inédita na música sertaneja. E, apesar de influenciado fortemente pela música mexicana de Miguel Aceves Mejia, do qual Miltinho e Amarai eram perfeitos intérpretes, Belmonte e Amarai inauguravam o sertanejo moderno gravando músicas de Nat King Cole, como La Golondrina e Adios Mariquita Linda, boleros de Augustin Lara (Solamente una vez) e de Elaido Martinez (Oracion a mi Amada), e até a música de Raul Sampaio, Meu Pequeno Cachoeiro, que se tornou símbolo de Roberto Carlos. Além destas, Belmonte e Amaraí também gravaram South Of The Border, de Kennedy e Carr e L’ora Dell Amore, de Reld e Brooker, que seriam gravadas por Agnaldo Timóteo. E ousados, como todos pioneiros, eles gravaram um dos primeiros countrys, Green, Green Grass Of Home, de Putman, que também seria gravada por Timóteo, e como primeira dupla a homenagear os caminhoneiros, eles gravaram a bela Carreta da Fronteira. Fazem 30 anos que Belmonte nos deixou. Em 09 de setembro de 1972, perto da cidade de Santa Cruz das Palmeiras-SP, ele perdia a vida num acidente automobilístico. Belmonte tinha apenas 34 anos de idade.
Domingos Sabino da Cunha, o Amarai, nasceu na cidade de Rui Barbosa, estado de Goias. Amarai conheceu Belmonte na chamada “roda de violeiros”, que havia em São Paulo, no ano de 1966. As vozes se entrosaram com a de dois rouxinóis e, naquele mesmo ano, surgia a dupla já gravando o elepê Saudade de Minha Terra. O sucesso veio para os dois como uma pancada de chuva de verão, que antes de dar tempo de você correr, já o pega no meio do caminho. Assim foi o sucesso da dupla. Nem deu tempo deles recuperarem o fôlego e o sucesso já os alavancou instantaneamente ao nível das maiores duplas do Brasil. Dai vieram mais 5 elepês, todos de sucesso, sendo que alguns deles chegaram a vender 600 mil cópias, o que era um recorde na época. Dos 6 elepês gravados, entre 1966 e 1972, dois foram pela RCA Victor e quatro pela Chantecler, mais tarde incorporada pela Warner Music. Com a morte de Belmonte, Amarai gravou com alguns outros musicos, mas a dupla Belmonte & Amarai foi pra sempre sua dupla.

Fonte: www.gentedanossaterra.com.br

Conteúdo YouTube: adaircarvalho


POMBINHA MENSAGEIRA
Composição: Belmonte/Junqueira
(LP: "Saudade de Minha Terra" - 1967"

Ô pombinha mensageira leve para a minha amada
Esta carta apaixonada que chorando escrevi
Diga pra minha querida que eu só vivo penando
E pergunto soluçando que mal foi que cometi

Voa depressa pombinha antes que a noite apareça
Antes que me enlouqueça por favor esteja aqui
Se trouxer boa notícia esta solidão eu venço
Mas se não for o que penso sei que não vou resistir

Quando ela abrir a carta vai notar borrões e erros
Diga que neste desterro foi chorando que escrevi
Os borrões são os meus prantos que caíram sobre as letras
E os erros são memórias que por ela eu perdi

Com certeza ela entende mesmo estando mal escrita
Não contém frases bonita mas falei o que senti
Diga que estou sofrendo por viver assim ausente
E a amo loucamente desde quando eu a vi

(refrão>> 2x)
O dia vem clareando
Ainda estou acordado
Tristonho desesperado
E a pombinha não vem
Será que ela não sabe
Como é triste o abandono
Já perdi noites de sono
Sofrendo por querer bem
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