Tião Carreiro e Pardinho - Travessia do Araguaia

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Em 1954, Tião Carreiro conheceu Pardinho no Circo Rapa Rapa, em Pirajuí (SP), quando Tião ainda tinha o pseudônimo de Zé Mineiro. Lá, eles cantaram pela primeira vez. Em 1956, resolveram tentar a sorte em São Paulo, onde conheceram Teddy Vieira que, ouvindo a dupla, batizou José Dias Nunes de Tião Carreiro. Em novembro de 1956, gravaram o primeiro disco juntos com destaque para as músicas "Cavaleiro do Bom Jesus" (de João Alves, Nhô Silva e Teddy Vieira) e "Boiadeiro Punho de Aço" (de Teddy Vieira e Pereira). A dupla Tião Carreiro e Pardinho é tida com uma das principais da música sertaneja de raiz, considerados artistas de primeira linha no gênero. Encenaram também duas peças teatrais, "O Mineiro e o Italiano", um melodrama baseado na música, e "Pai João", o drama de um velho carreiro, e gravaram o filme Sertão em Festa, ambos com grande sucesso. Tião Carreiro e Pardinho chegaram a gravar quase 30 LPs, todos remasterizados em CDs, que continuam em catálago.

Conteúdo YouTube: morteaotiosam

TRAVESSIA DO ARAGUAIA
Composição: Dino Franco/Décio dos Santos
(LP "Modas de Viola Classe 'A' Vol.2" - 1975)

Naquele estradão deserto, uma boiada descia
Pras bandas do Araguaia, pra fazer a travessia
O capataz era um velho, de muita sabedoria
As ordens eram severas, e a peonada obedecia

O ponteiro moço novo, muito desembaraçado
Mas era a primeira viagem, que fazia nesses lados
Não conhecia os tormentos, do Araguaia afamado
Não sabia que as piranhas, era um perigo danado

Ao chegarem na barranca, disse o velho boiadeiro
Derrubamos um boi n'água, deu a ordem ao ponteiro
Enquanto as piranhas comem, temos que passar ligeiro
Toque logo este boi velho, que vale pouco dinheiro

Era um boi de aspa grande, já roído pelos anos
O coitado não sabia, do seu destino tirano
Sangrando por ferroadas, no Araguaia foi entrando
As piranhas vieram loucas, e o boi foram devorando

Enquanto o pobre boi velho, ia sendo devorado
A boiada foi nadando, e saiu do outro lado
Naquelas verdes pastagens, tudo estava sossegado
Disse o velho ao ponteiro, pode ficar descansado

O ponteiro revoltado, disse que barbaridade
Sacrificar um boi velho, pra que esta crueldade
Respondeu o boiadeiro, aprenda esta verdade
Que Jesus também morreu, pra salvar a humanidade
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